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A Igreja amanheceu mais silenciosa. Com profundo pesar, os católicos de todo o mundo receberam a notícia do falecimento do Papa Francisco, o 266º sucessor de São Pedro, primeiro Papa latino-americano da história. Seu pontificado ficará marcado por uma presença paterna, por palavras que acolhiam e por gestos que tocavam até os corações mais distantes da fé.

Jorge Mario Bergoglio, nascido em Buenos Aires, na Argentina, em 1936, foi eleito Papa no dia 13 de março de 2013. Desde então, conquistou o mundo com seu estilo simples, sua opção preferencial pelos pobres, seu desejo de uma Igreja em saída e seu amor pela misericórdia de Deus. Seu lema episcopal, “Miserando atque eligendo” (olhou com misericórdia e o escolheu), resume o que foi sua vida: um chamado vivido com compaixão e entrega.

Durante seu pontificado, Papa Francisco promoveu reformas na Cúria Romana, convocou dois Sínodos sobre a Família, impulsionou o Sínodo sobre a Amazônia, e proclamou o Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Foi um Papa do diálogo, que buscou a paz, a fraternidade e a dignidade humana em todos os âmbitos. Suas encíclicas Evangelii Gaudium, Laudato Si’ e Fratelli Tutti deixaram um legado de reflexão e ação para a Igreja e a humanidade.

Sua morte marca o fim de uma era, mas o início de uma herança espiritual que permanecerá viva. Francisco foi um Papa que fez a Igreja se ajoelhar diante dos sofredores e se levantar para acolher os que estavam à margem. Um pontífice que nos ensinou a orar dizendo: “Rezem por mim”, e que agora descansa no abraço d’Aquele a quem serviu com tanto amor.

A Igreja agora entra no período de Sé Vacante, à espera de um novo sucessor de Pedro. Enquanto isso, elevamos nossas preces pelo descanso eterno de Francisco e agradecemos a Deus pelo dom que foi sua vida para toda a humanidade.


Papa Francisco em cadeira de rodas (G1 - Globo)



“O verdadeiro poder é o serviço.” — Papa Francisco